Mestre Zé do Pife

Natural de São José do Egito (PE), o Mestre Zé do Pife “absorveu no juízo” as melodias e os traquejos do pífano desde criança, quando ainda nem possuía um pife e praticava com seu irmão assobiando as músicas que ouviam na festas e festejos. É um mestre da cultura nordestina que ensinou o toque de pífano e de outros instrumentos desta herança musical para centenas de pessoas em sua longa trajetória. Radicado no Distrito Federal desde 1992, Mestre Zé começou de forma itinerante tocando e vendendo pifes na região. Nos últimos anos, além de várias participações em diversos projetos, seu principal trabalho tem sido a aclamada parceria com As Juvelinas, banda de música nordestina que se tornou referência cultural da cidade. O grupo, nomeado por ele próprio, formou-se em 2007 ao reunir algumas de suas alunas da Oficina de Pife, então realizada na Universidade de Brasília por via do Decanato de Extensão.

Aqui estão registrados trechos das oficinas do Mestre Zé do Pife, que acontecem na UnB de segunda à sexta das 11h às 15h, entre o Multiuso “Amarelinho” e a entrada do ICC Norte. Pelas gravações nota-se a satisfação e a paciência inabalável com que o mestre orienta as pessoas nos mais diversos instrumentos – pife, zabumba, triângulo, pandeiro – desde os passos mais primários até os refinamentos mais avançados. Como ele mesmo explica, o objetivo das oficinas é trazer aos participantes o incentivo e a didática que ele próprio não recebeu, por ter sempre aprendido sozinho. Sobretudo, a atividade é responsável por fortalecer a patrimônio cultural nordestino ao divulgar suas tradições e seduzir uma grande quantidade de pessoas para este universo, além de acalentar o coração saudoso de vários nordestinos presentes, entre transeuntes, ouvintes e participantes. Proporcionando este espaço afetivo e rendendo ao Campus Darcy Ribeiro esta marcante paisagem sonora, o mestre se tornou uma peça chave no fazer artístico do Distrito Federal e modificou a trajetória de vida de várias pessoas, a exemplo dos diversos grupos de pife e de forró pé-de-serra que surgiram direta ou indiretamente destas oficinas.

1. Teu olhar me faz chorar (Zé do Pife)
2. Oficina
3. Oficina
4. Canto da Ema (João do Vale)

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